A vibração da natureza, a vibração do cosmos, a vibração do ser.
Sons dos 4 elementos da natureza. Transformações de .Fogo. Terra. Água. Ar. Éter. Imagens das 4 fases da lua. A lua que rege as marés, que move todas as águas do nosso planeta. Nós, que somos 85% água. Frequências que remexem a água do nosso corpo. Gongo – tijelas tibetanas – instrumentos afinados na frequência 432hz – Frequências que harmonizam as moléculas de água no nosso corpo. Caos – Cosmos – Transformação – Morte – Renascimento – Cura – Cíclico – Conexão – Infinito – Consciência cósmica – Shabbad – Naad – Som universal.
Para ouvir os sons, clique aqui.
[Confira texto de Flávia Memória sobre a obra Cratera lunar]
no coração da lua palpita uma fagulha (resquício de incidência cosmonauta? registro de indício uteral? resma de sol? bromélias?). tal fagulha, fina e afiada, renova-se, dia a dia, na fímbria dos raios quentes, crepitando em som maior. na proximidade de cada timbre, antevemos uma força de choque e empuxo, onde a ciência de existir coexiste em buracos, rompantes, deslizes, durezas, fluxos e rearranjos. neste percurso (que soa mais bem como um bailado — etéreo, estéreo), caminhar o desalinho encurvado de cada CRATERA do astro lunar é um desafio in.tangível, onde o (a) viajante necessita de apoio para ambientar no ímã da pertença o desabar do corpo e se entregar à força de atração, deixando crescer marés, revestrés, sinfonias e cacofonias (as palavras transmudecem) a cada com.passo.
no coração da lua, o breu da terra se apresenta como gruta, labirinto, caminho tremelicante onde o som transborda seu percurso evanescente no rumo do atravessamento. neste orbitar, sentir-se gente, bicho, planta, plâncton, nó, poeira ou pedra é algo incerto, frouxo, onde movimentos bruscos, fortes e vigorosos entregam-se a outras formas de ação, ritmo e vibração.
imersão. aproximação. trepidação. trema. traço. arco.
no coração da lua, onde os sonhos se constroem sob o circular de imagens expandidas, o som grave de um pensamento silencioso percorre a atmosfera da abertura, desvela o limiar de um acolhimento e reverbera o choque físico vivido nas curvas de um ser e suas crateras, ciente de que um corpo existe no ânimo do âmago de outro:
LUNAR